Um mágico momento pode levar-nos do fundo do nosso ser ao esplendor das mais distantes estrelas.
quarta-feira, 20 de dezembro de 2006
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
Ser descontente é ser homem
Cruzei-me esta semana com um texto delicioso, perfeitamente enquadrado no espírito desta viagem, que não resisto em partilhar.
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer da asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar.
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raíz
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
Fernando Pessoa 1933
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
29º mágico momento
Obrigado a todos os que se lembraram e me presentearam com a presença, com um sms, um telefonema, ou mail, ontem ou ainda hoje. É bom ter amigos.
"- Sabes onde é que estão os amigos fixes, mas mesmo muito fixes, mesmo, mesmo, daqueles fixes… epá fixes? Aqueles amigos que tu olhas para eles e dizes”Epá estes amigos são mesmo, mesmo fixes!” Sabes onde é que eles estão, esses amigos tão fixes que até chateiam porque são fixes, os marotos? Sabes onde é que eles estão ? Sabes, sabes, SABES ?!
- Não!
- Estão aqui a ler este post!"
segunda-feira, 27 de novembro de 2006
Consulta do Viajante
Hospital de S. João - Serviço de Doenças Infecciosas.
Foi mais um passo na preparação da viagem. Para aquilo que queremos fazer, ficamos a saber que vamos ter de tomar vacinas para: Hepatite A, Hepatite B, Febre Amarela e Malária. Levamos ainda no bolso kit de emergência para diarreias com e sem febre e comprimidos para aliviar os efeitos da altitude (em inglês: DIAMOX).
Esta consulta, além da profilaxia das vacinas reveste-se de um forte dose de aconselhamento e, como tal, o papel do/a médico/a é um tanto ou quanto alarmista, o que nos deixa um tanto ou quanto apreensivos face aos perigos que potencialmente iremos estar expostos. Apesar disso, gostei dos 30 min lá passados, por partilhar e ouvir desejos e receios. Outra boa surpresa foram os conselhos para altitude. A Dra Cândida e a Dra Sofia (estagiária) foram excelentes no aconselhamento também a este nível.
Consultas
Hospital S. João, Porto (serviço de doenças infecciosas)
tel.: 225 512 100/200
Vacinas
Centro de Saúde de Guindais - Porto
tel.: 222 002 540
asbatalha@srsporto.min-saude.pt
segunda-feira, 20 de novembro de 2006
Princípios do Treino
Os princípios fundamentais do treino ou "leis" do treino são um conjunto de pressupostos, comprovados cientificamente, em que se baseiam os meios e métodos de treino que actualmente se desenvolvem. O essencial é o seguinte:
Princípio da Continuidade - para melhoria da capacidade física, é necessário que os estímulos fornecidos ao organismo através do treino aconteçam regular e repetidamente, com periodicidade determinada pela adaptação pretendida. A obrigatoriedade da continuidade do processo de treino deve-se a um processo denominado "super-compensação", que consiste no aumento de uma determinada capacidade (em relação ao nível anterior ao estímulo), após um período de recuperação. Se não houver continuidade e deixarmos o fenómeno de super-compensação regredir, perdemos os benefícios do treino anterior.
Princípio da Reversibilidade - o treino provoca adaptações, mas estas não se mantém no tempo após a interrupção do processo. Podemos dizer que as alterações a nível local (celular e tecidual) demoram algumas semanas a acontecer e também não se mantêm por mais do que algumas semanas. As adaptações "centrais" (a nível cardíaco, pulmonar, etc.) demoram mais tempo a formar (um ou mais meses) e também permanecem durante mais tempo após a interrupção do treino. A reversão destas adaptações ao esforço, tal como o seu aparecimento, acontece de forma gradual.
Princípio da Individualização - o processo de treino, tal como qualquer processo de adaptação, é um processo muito individualizado. O motivo destas diferenças prende-se com factores genéticos e/ou biológicos e com as vivências anteriores de cada indivíduo.
Princípio da Especificidade - O treino de uma determinada qualidade física não acarreta obrigatoriamente melhorias nas restantes. Isto acontece devido aos diferentes processos bioquímicos envolvidos. Para além disto, o treino efectuado com um tipo de exercício (corrida) não implica melhorias equivalentes em outros exercícios (ciclismo ou natação), mesmo que se trabalhem as mesmas qualidades físicas. Neste caso, as diferenças ficam a dever-se essencialmente à especificidade do movimento, que recruta diferentes grupos musculares e em proporções também diferentes, de exercício para exercício.
segunda-feira, 13 de novembro de 2006
Porto - Nairobi - Porto
segunda-feira, 6 de novembro de 2006
Sisha Pangma
fazia parte da equipa do João Garcia, naquela que foi a primeira expedição inteiramente portuguesa a uma montanha com mais de 8000m de altitude: o Sisha Pangma com 8013m (o mais baixo dos 8 mil). Da equipa, apenas o Bruno, o João, o Rui e um Sherpa chegaram lá acima. Mas o Bruno não desceu mais, ficou na montanha!
O risco é imenso e bem conhecido. No caso do Sisha Pangma, o risco de morte é 9,45% sendo até mais alto que o do Everest (9,30%). Percebo bem o porquê deste risco imenso, que põe o homem no seu devido lugar, face à força da natureza. Faça-se o justo tributo ao Bruno e recorde-se a emoção vivida pela expedição.
segunda-feira, 30 de outubro de 2006
Uma verdade inconveniente
terça-feira, 24 de outubro de 2006
Um outro ponto de vista
Caros amigos!
Pois é… o nosso amigo Kili! E ele é cá um danado… não deixa qualquer um trepar por ele acima… ohoh Faz-se difícil! E cá entre nós, faz ele muito bem. Não tinha piada se fosse fácil, não acham?! Mas por outro lado… é um risco! É um grande investimento que vamos fazer e não temos quaisquer garantias de que iremos conseguir. E quando falo em “grande investimento” não me refiro apenas ao financeiro, refiro-me também ao treino fisico, à pesquisa sobre o melhor trilho, aos emails trocados com as pontenciais agências de viagens, à conversa com o novo chefe pedinchando os dias de férias aos quais ainda não tenho direito, etc etc… É todo um imaginário que se vai criado à volta da ascensão do imponente, fantásico, magnífico e lindo Kilimanjaro! Deve assemelhar-se à preparação de um casamento (sem querer ferir susceptibilidades).
A ascensão não dá muita margem de manobra para a adaptação individual de cada um. O tempo disponível não permite que cada indivíduo tenha tempo de se adaptar à altitude e a todos os outros factores que influenciam o metabolismo do nosso organismo. E o grupo terá que continuar… O treino físico que estamos a fazer vai concerteza ajudar a que consigamos ter mais resistência e a facilitar a nossa ascensão. Mas e a parte psicológica?! Como é q se treina?! Sim… porque teremos que ser fortes… não vai haver esquinas para pensarmos “são só mais 3 esquinas”. O monte será íngreme e a aproximação ao cume será lenta, muito lenta! Como treinamos a psique para resistir a um esforço físico tão grande? Alguém tem respostas? Que parte será mais importante, a física ou a psicológica?
segunda-feira, 16 de outubro de 2006
Treinos
Já só me faltam 3 para completar o "programa de treino" todo. É a recta final!! Isto que me falta empurra-me para o final de Dezembro, numa vida livre de stresses de trabalhos intermináveis, trabalhos de grupo com discussões acesas e... claro, os exames.
Por tal motivo, vou deixar os posts durante uns tempos.
Até breve (no máximo Dez.)
PS. Ah já agora, está mais que definido: Vamos fazer a rota do Whisky!
Os próprios operadores que contactei referem isso. Quero ver se faço reservas nas próximas 2 semanas.
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
Whisky ou Coca-Cola?
Como em qualquer outra montanha, há no Kilimanjaro diferentes trilhos de acesso ao cume, que foram estabelecidos ao longo da sua história de conquistas. O Kilimanjaro é rodeado, cá em baixo, por uma zona de densa floresta e é por aí que todos os trilhos começam. Há pelo menos 7 que nos elevam desta zona de floresta para a curva de nível dos
Tempo mínimo: 5 dias (ida e volta)
Distância: 65 Km
Subida acumulada: 2903m
Dificuldade: Moderada/Difícil
Tempo mínimo: 6 dias (ida e volta)
Distância: 61 Km
Subida acumulada: 2800 m
Dificuldade: Difícil
E agora, Whisky ou Coca-Cola?
segunda-feira, 2 de outubro de 2006
Lar doce Lar
Porque não morar numa casa de madeira?
Estive na casa de um casal amigo que vive numa casa de madeira. Para quem não conhece o conceito, uma visita rápida à www.rusticasa.com esclarece.
Mais uma vez choca, pensar que a NOSSA casa é em madeira, toda ela, de cima a baixo. Apenas os alicerces são "convencionais", de resto, a estrutura, o tecto, o chão, as paredes, as portas, as janelas (excepto vidros claro), as escadas, os portões e as varandas, é tudo em madeira! Mas mais uma vez, e pela experiência de quem já vive num espaço destes, esta solução traz vantagens enormíssimas face ao nosso betão/pedra/tijolo.
Uma casa de madeira traz sobretudo muito conforto.
E de facto está-se lá dentro muito bem. E o inverno? Segundo nos dizem é fantástico, do melhor. Na Finlândia passei alguns dias (de Inverno) em casas de madeira - cottages - e, com uma lareira ligada, confirmo que se anda de manga curta (na casa toda) com -20º cá fora!!
Eu tenho algumas reticências em tornar a minha casa do dia-a-dia numa casa de madeira. Sem argumentos, é certo. Porquê? Não sei. Talvez porque é estranho, mas acima de tudo porque sempre vi à minha volta casas de cimento. Hoje, mesmo que pudesse ainda não conseguiria tomar essa opção para primeira habitação. Mas como casa de campo em Trás-os-Montes no Parque de Montesinho, ah aí sim, era um luxo.
segunda-feira, 25 de setembro de 2006
Tiro de partida
Acreditem que é estranho, mas é bom ter um blogue! Poder dar asas a pensamentos, ideias e sensações que não ficam bem nos relatórios ou mails do trabalho, nas conversas de café, nem na sociabilização do dia-a-dia. Aqui é normal e eu sinto como que um balão de ar onde se respira e transpira inspiração partilhada.
Agora o post da semana:
Mais um fim-de-semana, mais uma mão cheia de mágico(s) momento(s). Quem esteve sabe, quem não esteve já vai saber. Diz a tradição que casal que é casal, tem que casar! O casamento é socialmente aceite como a forma "normal" de iniciar uma nova vida, um projecto a dois onde as partes não mais se afastam até que a morte os separe. Mas... é mesmo preciso casar? É minha/nossa convicção que não, ou melhor, como disse e bem alguém que merece todo o meu respeito pela avançada idade e sapiência: "O amor e a felicidade não se vão buscar ao altar." e, por isso, antes desse dominó ser empurrado na cascata da vida, outros têm ainda de cair. Puxando pela imaginação, resolvemos dar o tiro de partida "oficial" desta vida a dois, não com um pomposo casamento, mas com uma modesta "Festa de inauguração do novo lar" (o laço matrimonial fica para mais tarde). O objectivo foi mostrar-vos o caminho, abrir-vos uma porta e claro festejar, celebrar por este motivo, por um aniversário e acima de tudo, por nós! Acreditem que queríamos ter outros tantos amigos lá, no Sábado, mas assustamo-nos e alegramo-nos quando vimos que a lista de amigos é enorme... Quem não esteve, porque não foi possível, ou porque não foi "convidado", fica já aqui o repto, apareçam informalmente, que são todos mais que bem-vindos!
Mágico momento da semana: "38 amigos em nossa casa num só dia!"