Não é por acaso que a Peneda-Gerês é o único Parque Nacional que temos. É a classificação máxima para estes autênticos museus da Natureza (a classificação habitual é P. Natural). Relembrei-me do quanto apaixonado sou destas Terras. O Gerês é de facto único e um fim-de-semana frio mas límpido de Janeiro com cores tão vivas retemperam o espírito de uma forma extraordinária.
O trilho desta semana ficou marcado pelo forte adesão dos nossos amigos. Começando com o repto da preparação do Kilimanjaro e passando por uma conversa de corredor com um colega do MBA, juntamos dois grupos distintos que totalizaram... +/- 20 pessoas!! Incrível.
O trilho começou no Santuário da Nossa Senhora da Peneda, templo de peregrinação tipicamente minhoto e que, para espanto meu, ainda não conhecia. Lindo e encaixado num vale extremamente apertado e isolado (rede GSM só a 8Km dali). Apesar de tudo, tem agora um hotel mesmo ali ao lado, com muita pinta. Tinhamos um elemento do grupo que já tinha feito este percurso. A dificuldade foi encontrar o ponto de partida do trilho que, ao cabo de 45min lá apareceu. Começamos então a trepar monte acima, sem dúvida, num trilho que não engana, empedrado e com um declive notável mas acessível a todos. O dia está solarengo mas frio e as objectivas das máquinas deliciam-se com o que vêem! O ritmo de progressão é muito variado, e eu aproveito isto para avançar rápido e recuar a carro vassoura, andar, andar andar é o meu pensamento. Mas a maior supresa ainda estava para vir, +/- a partir da cota (990) começamos a ver gelo e... neve! Tímida de início mas rapidamente se transforma num autêntico tapete branco e fofo, como desejávamos. Paramos sensivelmente aos 1000 e poucos metros para o almoço. Que vista! Algures ouvem-se os chocalhos das vacas, camufladas na paisagem. Ápós +/- 40min segue-se viagem. Ainda subimos mas não muito mais e passamos então para outro horizonte, ao longe a Bouça dos Homens, aldeia presépio, ali perdida no monte. Contornamos o monte e aí estamos nós voltados novamente para o azimute do ponto de partida. Aqui e ali assiste-se a emboscadas ferozes de neve, entre nós e, de facto, está tudo ao rubro. Mas que bela caminhada! Após os lamentos duma vaca, incomodada na calma do seu pasto, subimos mais um pouco, e pouco depois avista-se a Lagoa. O sol dá-lhe um tom prateado inigualável e claro, merece paragem téncica para o reforço da tarde. Pouco depois, trilho já a cair para a Peneda com o Pôr-do-Sol anunciado dali a 1h. Sensivelmente às 17h30 estamos todos novamente na Peneda.
O trilho começou no Santuário da Nossa Senhora da Peneda, templo de peregrinação tipicamente minhoto e que, para espanto meu, ainda não conhecia. Lindo e encaixado num vale extremamente apertado e isolado (rede GSM só a 8Km dali). Apesar de tudo, tem agora um hotel mesmo ali ao lado, com muita pinta. Tinhamos um elemento do grupo que já tinha feito este percurso. A dificuldade foi encontrar o ponto de partida do trilho que, ao cabo de 45min lá apareceu. Começamos então a trepar monte acima, sem dúvida, num trilho que não engana, empedrado e com um declive notável mas acessível a todos. O dia está solarengo mas frio e as objectivas das máquinas deliciam-se com o que vêem! O ritmo de progressão é muito variado, e eu aproveito isto para avançar rápido e recuar a carro vassoura, andar, andar andar é o meu pensamento. Mas a maior supresa ainda estava para vir, +/- a partir da cota (990) começamos a ver gelo e... neve! Tímida de início mas rapidamente se transforma num autêntico tapete branco e fofo, como desejávamos. Paramos sensivelmente aos 1000 e poucos metros para o almoço. Que vista! Algures ouvem-se os chocalhos das vacas, camufladas na paisagem. Ápós +/- 40min segue-se viagem. Ainda subimos mas não muito mais e passamos então para outro horizonte, ao longe a Bouça dos Homens, aldeia presépio, ali perdida no monte. Contornamos o monte e aí estamos nós voltados novamente para o azimute do ponto de partida. Aqui e ali assiste-se a emboscadas ferozes de neve, entre nós e, de facto, está tudo ao rubro. Mas que bela caminhada! Após os lamentos duma vaca, incomodada na calma do seu pasto, subimos mais um pouco, e pouco depois avista-se a Lagoa. O sol dá-lhe um tom prateado inigualável e claro, merece paragem téncica para o reforço da tarde. Pouco depois, trilho já a cair para a Peneda com o Pôr-do-Sol anunciado dali a 1h. Sensivelmente às 17h30 estamos todos novamente na Peneda.
Resumo:
Distância: ~11 Km
Tempo: 05:33
Altitude Máxima: 1134 m
Altitude mínima: 679 m
Subida acumulada: 535 m
Descida acumulada: 635
Caminhada 04 done.
Próxima caminhada: "Caminhada 05 - Serra do Alvão", 03.Fev 2007 (Sab.). Quem vem connosco?
12 comentários:
Xii patrão. A última vez (e única, tenho que confessar) que entrei neste blog ele tinha 1 ou 2 posts. Agora deparo-me com isto tudo. Muita informação para ler e reler. Esta viagem promete e certamente que aptidão física não irá faltar. Força aí.
E q ue belo passeio! Veja daí a descrição.
Não ha nada como estar esponjada no sofá a ver as fotos e saber que não fui eu que lá tive a caminhar, a cansar e a desgastar o físico eheh :P
Aqui estou eu a deixar um post, já sem necessidade de registo!
Não há mtas palavras para descrever a caminhada...as imagens falam por si!! menos o belo bate cu não documentado...do qual registo a sensação..e me faz dar umas belas gargalhadas...que deixam curiosidade nos restantes...
Após um fantástico fds de casamento...um memorável fds de montanha...um iníncio de 2007 que promete!!
Eu vouuuuu... matar saudades do amigo...
E do parque.. :)
Abraço e ate ja.. :D
Fá, o sofá é um objecto diabólico, abraça-nos e não nos larga, mas é muito bom, lá isso é ;) Mas eu apesar de tudo ainda acho que tu ias gostar de ter andado a atirar umas bolas ao people de neve... Foi giro, acredita!
Bá, o bate-cu foi majestoso e no meio de tanta gente não sei como não houve ainda mais, se virmos bem aquele trilho estava escorregadio pra diabo... Fico muito contente que tudo tenha corrido tão bem. Tu tb ajudaste mto na logística, obrigado por isso.
Olha o grande Luís! Lá nos encontramos então no Sábado, no Alvão ou à partida de Celorico. Atenção, nada de atrasos, para aproveitarmos bem o dia ;) Abraço!
Para o pessoal que já está a aquecer os pés para o próximo fds, uma descrição genérica do trilho, com palavras do nosso guia aqui: http://estupidonummundofantastico.blogspot.com/
no post "Pessoal, Vamos ao Alvão.....?"
sinceramente, mal posso esperar por voltar a repetir! e desta vez, on fire e com a potência toda, já que da última vez, lá me esforcei para atirar uma bolinha de neve mas o esforço estava direccionado para respirar mesmo... bah! digo-vos amigos, a saúde é um milagre! mas, e desculpem-me lá quem estiver prestes a pertecer à classe, os médicos são (quase) todos absolutamente odiosos!adiante, vamos passear!!!
grande caminhada, sem dúvida
temos que repetir um dia destes
prometo desafiar-te para outra!
grande abraço
Rui
O trilho dos carris ficou-me atrás da orelha... Mas, já agora, obrigado Rui por teres orientado o teu grupo neste fds passado. Quantos é que vocês eram mesmo? Abraço.
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