Esta estreia na competição ibérica de Corridas de Aventura foi um choque! Ficamos em último lugar numa prova que contou com cerca de 50 equipas. É certo que não íamos pela classificação, nem tão pouco pelo desempenho levado ao extremo, mas este último lugar, foi duro de se constatar, principalmente depois de vermos o que temos que fazer para chegarmos lá cima aos lugares do podium. Esta mudança de nível/objectivo, do tipo de actividade, do simples passeio de fim-de-semana light com os amigos, para uma prova ultra-competitiva entre equipas lusas e espanholas durante 17h contínuas dum fim-de-semana, eleva-nos a fasquia de desafio para um novo nível. A Taça de Portugal de Corridas de Aventura conta com uma mão cheia de provas multi-actividades, onde o objectivo é somar pontos com a passagem por pontos de controlo (CP's = Check Points), em equipas de 3/4 elementos, tendo por base técnicas de orientação, em completa autonomia e sem nunca recorrer a desportos motorizados. Este fim-de-semana, foi em Chaves/Montalegre. Das etapas que fizemos, aprendemos que a estratégia, a assistência, a dinâmica e claro, as pernas, são a chave dos bons resultados. Parece-me fácil conseguir um lugar no meio da classificação, analisados os erros deste fim-de-semana. Por exemplo, ficamos sem nenhum dos 5 CP's do BTT da manhã de Sábado (+/- 35km) por termos chegado 10seg depois da tolerância da hora de fecho!! Este fim-de-semana foi também inédito no atrevimento do termómetro: -3º na Sexta à chegada, -9º em Chaves na partida de manhã e -14º no domingo de madrugada em montalegre!!! Depois a resiliência, o espírito de sacrifício e a persistência são dignas de nota e é impressionante senti-lo à nossa volta. Hoje que já não me doem as pernas, nem as costas, nem os braços, nem a alma digo: Gostei muito e quero repetir! Mas para a próxima, talvez não seja boa ideia ir, a meio da prova, jantar sopa caseira, alheira e posta barrosã, à lareira de um aconchegante restaurante de aldeia!
Um mágico momento pode levar-nos do fundo do nosso ser ao esplendor das mais distantes estrelas.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
segunda-feira, 5 de novembro de 2007
«Volunturismo»
Há uns meses atrás, quando vividamente descrevíamos a nossa viagem por África e todo o seu planeamento, não deixamos nunca de incluir uns dias de entrega no programa, de serviço voluntário para com o país que nos ia acolher, de contacto próximo com as populações e mais distante dos habituais circuitos comerciais. Fizemos porque sentíamos vontade disso, mas também porque queríamos enriquecer ainda mais a nossa experiência com a ajuda ao próximo. Era o nosso programa, pessoal e personalizado. Hoje, já não seria tão original. Um novo conceito surge e está a florescer nos circuitos habituais do turismo mundial. Este novo conceito chama-se Volunturismo! Descrubri-o surpreendentemente, este fim-de-semana, num artigo do Expresso que aqui transcrevo:
"O termo surgiu nos últimos anos entre agentes do turismo. Embora sempre tenha havido viagens de voluntariado, a novidade é esta possibilidade de associar «o útil ao agradável». O fenómeno adquiriu de tal modo expressão que a bíblia dos viajantes - o Lonely Planet - lançou em Junho um guia sobre volunturismo. Uma pesquisa rápida na Internet basta para encontrar dezenas de agências a comercializar a experiência. Esta ‘indústria’ essencialmente anglo-saxónica está enraizada nos EUA, em Inglaterra, na Nova Zelândia ou na Austrália, onde existe a tradição do «year off» - ou «gap year» (o ano passado a viajar depois de terminar o curso superior e antes de começar a trabalhar) e onde os hábitos de voluntariado são incentivados desde cedo. No Reino Unido, a «indústria do gap year» atinge um quarto dos jovens entre os 18 e os 25 anos. A consultora Mintel avaliou em 7,4 mil milhões de euros o mercado mundial do «gap year», e prevê que quadruplique até 2010. Apesar de em Portugal ainda não se falar no assunto, há já quem alerte para os aspectos negativos do volunturismo. Um dos argumentos é que este tipo de viagens serve mais quem as faz do que quem beneficia delas; outro é que é muito mais caro do que o simples voluntariado. Mas para quem tem perfil voluntarista, será algo do outro mundo pagar mais para viajar de outra maneira? Mesmo que isso inclua trabalhar? " Mais informação:
Da nossa experiência, apesar de curta, diria que foi enriquecedora para nós, sem dúvida, mas sobretudo útil e reconfortante para com os miúdos que estivemos. Mas é um conceito polémico, não é?
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